terça-feira, 14 de dezembro de 2010

H1N1 e a gestação

Tendo sido apontada como um dos maiores fatores de risco, a gestação deve receber especial atenção no que se refere à prevenção e tratamento da paciente infectada já que envolve além da própria, o feto em diferentes estágios de desenvolvimento.
Médicos apontam que durante a gestação o organismo da mulher naturalmente diminui a ação de seu sistema imunológico para evitar que haja a perda da gravidez e a expulsão do feto. Em função disso, essas mulheres se tornam mais susceptíveis a infecções de todos os tipos, inclusive pelo novo vírus. Deve se considerar também a perda de nutrientes que ocorre no corpo da mãe, ressaltando a importância da correta alimentação.
O infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, afirma também que a complicação de doenças comuns é maior nas gestantes. No entanto, os números de casos e óbitos ainda são maiores que o esperado pelos especialistas e não há certeza do porque disso.
 No período entre 25 de abril e 15 de agosto de 2009 foram registrados 3.087 casos graves da doença sendo 283 gestantes (9,1%) e dessas 237 (83,5%) evoluíram para cura. Das 1151 mulheres em estado fértil que foram infectadas pelo vírus, 24,6% são gestantes, enquanto para o vírus sazonal apenas 15,4% são gestantes. Dos 368 óbitos registrados no Brasil, apenas 46 (12,5%) eram gestantes.
As recomendações de prevenção para as gestantes são as mesmas que para o público geral.


Distribuição de casos de SRAG por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil

Distribuição de óbitos por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil


Referências:


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