terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vacina contra H1N1 pode dar falso positivo para HIV



As pessoas que tomaram a vacina H1N1, contra a nova gripe, podem ter resultado positivo para HIV mesmo sem ter o vírus que provoca a AIDS.
 Segundo especialistas, o falso resultado positivo pode ocorrer até 112 dias após a pessoa ter se vacinado contra a gripe.
·        Por que isso acontece?
O falso resultado acontece porque a vacina contra a gripe aumenta a produção de um anticorpo, chamado de IgM (o primeiro batalhão de defesa do organismo), que “engana” o Elisa, o teste mais comum feito no Brasil para diagnosticar o vírus da AIDS. Essa reação faz o organismo reproduzir uma condição parecida com aquela de quem tem o vírus HIV.
·        O que fazer?
Caso este primeiro teste realmente dê positivo, é preciso se realizar um segundo teste, mais detalhado, que é conhecido como Western Blot. O resultado deste segundo teste vai dar, com certeza, se esta pessoa é positivo ou não.
           
Para evitar pânico, a rede publica de saúde, não entregará ao paciente um resultado positivo sem que seja feita a contraprova.

Referências:

A vacina


·         Quem deve tomar a vacina?

A vacina contra a gripe suína reduz a probabilidade de contrair a doença ou de transmitir a gripe a outras pessoas. Quem está no grupo de risco deve tomar a vacina, a não ser quem tem alergia a ovo ou mertiolate ( devido a composição protéica, que pode causas reações). Entre os que devem tomar a vacina, existem os casos de maior prioridade.

·         . Quais são os principais efeitos colaterais?

Febre, dores no corpo, sensação de moleza, dor no local da injeção e vermelhidão na pele por até 72 horas são as principais reações adversas. Os especialistas lembram que a vacina não causa a gripe nem aborto espontâneo em gestantes no primeiro trimestre.

·         Todos receberão o mesmo tipo de vacina?

Não. Segundo Isabella Ballalai, os postos de saúde terão cinco tipos de vacinas. Elas serão dadas de acordo com o perfil do paciente. Grávidas, por exemplo, não poderão tomar vacina com adjuvantes (substância misturada a vacina que estimula uma resposta mais forte do sistema imunológico).

·         Quem tomar a vacina de gripe suína tem que tomar a de gripe também?

Sim. Cada vacina protege contra cepas específicas do vírus. Tomar a vacina de gripe sazonal não garante proteção contra a gripe A e vice-versa. Alguns laboratórios produziram vacinas combinadas, que estarão disponíveis em clínicas particulares.

·         Grupos prioritários


·         Vacinação em números
De acordo com o órgão, os números refletem o impacto da campanha de vacinação realizada no Brasil em 2010, que imunizou 88 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica entre 8 de março e 2 de junho.

                O gráfico de regressão linear acima mostrado foi feito com base nos dados obtidos a partir do ministério da saúde e demonstram a eficácia da vacina em reduzir o número de casos graves da doença conforme a imunização foi ocorrendo. Apenas no 1º mês de vacinação, pode-se notar que a queda do número de casos graves é significativa.

Referências:

H1N1 e crianças


No caso de existir suspeita de gripe, a criança deve sempre ficar em casa e ser observada por um pediatra. Caso a criança manifeste sintomas da doença, não deve ir à escola ou ao infantário. É importante que fique em casa, em isolamento, para evitar a propagação do vírus. A ingestão de líquidos deve ser reforçada para evitar a desidratação e o apetite da criança deve ser respeitado.

·        Algumas dicas:

ü  Devemos ensinar as crianças a esconder o espirro e a utilizar o mesmo lenço apenas uma vez. Devem ser desinfectadas todas as superfícies, desde as maçanetas das portas até aos brinquedos e outros materiais que as crianças partilhem. As medidas habituais de higienização devem ser reforçadas e as crianças devem lavar as mãos mais vezes.

ü  Todos os espaços ao ar livre são recomendáveis, porque reduzem as possibilidades de contágio. Os maiores problemas surgem em espaços fechados onde não haja circulação de ar.

ü  Deve-se evitar levar as crianças a locais fechado, pois estes facilitam a propagação dos vírus.

Dados levantados nos Estados Unidos mostraram que o número de óbitos de crianças registrados no período entre 30/09/2009 e 16/10/2009 no país é superior ao esperado para uma temporada. O risco parece ser maior para os adolescentes, segundo a tabela abaixo e o gráfico de regressão linear que demonstram o crescimento do número de óbitos de acordo com o aumento da idade.

      O link a seguir é de um vídeo sobre prevenção de H1N1 feito especialmente para crianças: http://www.youtube.com/watch?v=LiqAPwlgXIk&feature=relatedm/watch?v=-dALUQcY-s4

Referências:

H1N1 e diabetes


A obesidade e a diabetes são as principais doenças relacionadas a morte em pacientes infectados com a gripe  suína.
Se o diabético ficar doente, deve ficar em casa, e limitar o contato com outras pessoas. Além disso, deve-se:
ü  Certificar-se de continuar tomando a medicação para diabetes ou insulina. Não pare de tomá-los mesmo que não consiga comer. Seu médico pode recomendar tomar mais insulina enquanto estiver doente.
ü  Testar a glicose no sangue a cada 4 horas, e acompanhar os resultados.
ü  Beber mais líquidos e tentar se alimentar ou mais normalmente possível. 
ü  Pesar-se todos os dias. A perda de peso pode ser sinal de glicose alta.
ü  Checar a temperatura todas as manhãs e tardes. Febre pode ser sinal de infecção.

O diabético com gripe suína deve procurar cuidados médicos imediatos quando:
ü  Sentir-se muito doente para comer normalmente e for incapaz de ingerir alimentos por mais de 6 horas.
ü  Tiver diarréia severa.
ü  Perder mais de 2,2 kg.
ü  Tiver temperatura corporal superior a 38,3 graus.
ü  Tiver glicose no sangue menos que 60 mg/dL ou que permaneça superior a 300 mg/dL.
ü  Tiver dificuldades para respirar.

H1N1 e idosos

Sempre que surge um novo vírus de gripe, os sistemas de saúde alertam sobre os riscos para os mais velhos. Ao lado das crianças menores de dois anos, as pessoas de mais idade são, em geral, as principais vítimas fatais desse tipo de vírus e também quem sofre mais com complicações respiratórias. É por isso, por exemplo, que o Ministério da Saúde oferece vacina contra a gripe comum para maiores de 65 anos gratuitamente todos os anos.
A gripe A, no entanto, foge à regra. Uma das coisas que mais chamam a atenção neste vírus é que, ao contrário da gripe sazonal, ele não tem infectado tanto as pessoas mais velhas. Isso não significa, é claro, que os idosos são imunes à gripe. Há casos de pessoas mais velhas infectadas.
A equipe da Universidade do Arizona levanta a possibilidade dos mais velhos estarem mais protegidos por terem sidos expostos na infância ao vírus da pandemia de 1957. Nada disso, no entanto, foi comprovado.
Pessoas idosas que contraíram ou se vacinaram contra a gripe sazonal podem ter uma imunidade produzida por células que as protege do vírus H1N1, responsável pela gripe suína. Partes do H1N1 foram encontrados em cepas de vírus anteriores e que algumas pessoas com mais de 60 anos de idade, que já foram expostas a vírus similares, podem ter células capazes de protegê-las.
Estas descobertas indicam que populações humanas podem ter algum nível de imunidade à gripe H1N1 e podem explicar porque os sintomas de 2009 relacionados ao H1N1 são geralmente brandos
Devido a esse baixo numero de idosos infectados, as pessoas mais velhas não estão na lista de prioridade para tomar a vacina contra a gripe H1N1. O gráfico de regressão linear abaixo mostra a diminuição da incidência em função do aumento da idade:


Referências:


H1N1 e a gestação

Tendo sido apontada como um dos maiores fatores de risco, a gestação deve receber especial atenção no que se refere à prevenção e tratamento da paciente infectada já que envolve além da própria, o feto em diferentes estágios de desenvolvimento.
Médicos apontam que durante a gestação o organismo da mulher naturalmente diminui a ação de seu sistema imunológico para evitar que haja a perda da gravidez e a expulsão do feto. Em função disso, essas mulheres se tornam mais susceptíveis a infecções de todos os tipos, inclusive pelo novo vírus. Deve se considerar também a perda de nutrientes que ocorre no corpo da mãe, ressaltando a importância da correta alimentação.
O infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, afirma também que a complicação de doenças comuns é maior nas gestantes. No entanto, os números de casos e óbitos ainda são maiores que o esperado pelos especialistas e não há certeza do porque disso.
 No período entre 25 de abril e 15 de agosto de 2009 foram registrados 3.087 casos graves da doença sendo 283 gestantes (9,1%) e dessas 237 (83,5%) evoluíram para cura. Das 1151 mulheres em estado fértil que foram infectadas pelo vírus, 24,6% são gestantes, enquanto para o vírus sazonal apenas 15,4% são gestantes. Dos 368 óbitos registrados no Brasil, apenas 46 (12,5%) eram gestantes.
As recomendações de prevenção para as gestantes são as mesmas que para o público geral.


Distribuição de casos de SRAG por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil

Distribuição de óbitos por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil


Referências:


H1N1 e fatores de risco

       
           Diversos estudos e análises estatísticas feitas pelo ministério da saúde brasileiro, a OMS e diversos outros órgãos públicos de saúde e pesquisa, demonstram que existem algumas condições prévias do indivíduo que levam à maiores riscos de morte após a exposição e contágio com o vírus da influenza A H1N1.
            De acordo com o ministério da saúde os principais fatores de risco que podem agravar a situação do paciente são gestação, cardiopatias e hipertensão. Ainda segundo o órgão, 15,09% das pessoas que apresentavam algum antecessor de risco e tiveram evolução grave da doença morreram, contra 4,36% que tiveram a situação agravada, mas não possuíam nenhum fator de risco. A evolução da gravidade da gripe sazonal é de aproximadamente 18,5% enquanto a da influenza A (H1N1) está em 19%.

Distribuição de óbitos de SRAG pela nova Influenza A (H1N1), segundo presença de fatores de risco. Brasil
Distribuição de casos de SRAG, pela nova Influenza A (H1N1) e pela influenza sazonal, segundo grupos e fatores de risco. Brasil

Referências:


H1N1 no Brasil

Quando surgiram os casos oficiais de influenza A H1N1, o ministério da saúde começou a monitorar pessoas que tinham estado recentemente em locais considerados como “de risco” e também casos considerados suspeitos.  Um caso suspeito se caracteriza por: Apresentar febre alta de maneira repentina (acima de 38ºC) e tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dificuldade respiratória e dor de cabeça, musculares e nas articulações e também ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de áreas afetadas pela doença ou ter tido contato próximo, nos últimos dez dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de influenza A (H1N1).
            Os primeiros quatro casos de influenza A (H1N1) no Brasil foram confirmados no dia 07/05/2009, porém nenhum dos pacientes contraiu a doença no país, todos vieram de países com casos confirmados da doença, como México e Estados Unidos. Estas confirmações foram possíveis devido à chegada dos kits de análise, capazes de fornecer os resultados em até 72 horas. No Brasil existem três laboratórios de referência para análise de amostras de vírus influenza: o Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP), o Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).
O inverno foi tratado com especial cautela e atenção por ser, normalmente, a época do ano em que ocorre o aumento no número de doenças respiratórias, devido à baixa umidade do ar e ao fato das pessoas permanecerem em locais fechados por mais tempo. Por este motivo, trataremos o inverno com especial atenção neste blog.
Até o início do inverno (junho/2009) haviam 680 casos confirmados da doença e apenas um óbito pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Ao final do inverno, no entanto, já haviam 9.249 casos confirmados em laboratório da doença e 899 óbitos, o que demonstra o aumento na incidência da doença durante este período.
Apesar do aumento de casos durante o inverno, pode-se dizer que o pico ocorreu durante o mês de agosto, diminuindo ao longo das semanas, como pode ser visto na tabela abaixo, retirada do site do ministério da saúde:

H1N1 no mundo

Como já foi discutido anteriormente, a gripe A pode ser confundida com a gripe comum quando se apresenta em sua forma branda, impedindo a real avaliação da pandemia. Por este motivo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu que a partir de novembro de 2009, divulgaria apenas os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos confirmados de influenza A.
Até o final de julho de 2010 mais de 214 ao redor do mundo haviam confirmado e diagnosticado casos de influenza A e mais de 18398 mortes causadas pela mesma. A sazonalidade provou ser um fator interferente na transmissão do vírus. O hemisfério norte, que na altura de julho se encontra no verão, demonstrou grande queda na transmissão do mesmo, enquanto países localizados no hemisfério sul ainda apresentavam transmissão considerável do vírus.
         Fonte: OMS. Disponível em http://gamapserver.who.int/h1n1/cases-deaths/h1n1_casesdeaths.html

             Em 10 de agosto de 2010, a diretora-geral da OMS, o Dra. Margaret Chan, declarou que o evento da influenza H1N1 passou para a fase pós-pandêmica. Com base em experiências anteriores em situações de pandemia, sabe-se que o vírus H1N1 ainda deve circular de maneira sazonal por vários anos, e por isso, embora a vigilância diminua a OMS continuará a realizar monitoramentos semanais da situação da influenza no mundo todo. Os últimos dados divulgados pela OMS mostram que o leste europeu e o norte da Ásia apresentam atividade do vírus de maneira localizada. O gráfico abaixo mostra a circulação global dos diferentes subtipos de vírus influenza:


          Pode-se notar também a diferença entre os dois hemisférios no que se refere a distribuição da maior incidência do vírus influenza A H1N1 2009 ao longo do ano. Os gráficos abaixo demonstram que o gráfico global se assemelha mais ao gráfico do hemisfério norte e evidenciando a diferença entre os dois hemisférios:
 

O que é a Influenza A (H1N1)?


A influenza é uma doença benigna, que foi primeiramente descrita por Hipócrates por volta de 412 a.C. e é causada pelo vírus influenza, da família dos ortomixovírus, e que se divide em três subtipos:
·         O tipo A que é o mais comum causa os sintomas mais graves e está geralmente associado a epidemias e pandemias, podendo afetar animais.
·         O tipo B que é menos comum e acarreta em sintomas mais brandos que os associados ao tipo A. Este tipo de vírus é exclusivo de seres humanos e está comumente associado a endemias.
·         O tipo C é o mais comum em resfriados, causa febres baixas e não está associado a epidemias.
O vírus influenza é capaz de causar epidemias devido à facilidade com que se dissemina entre a população, sendo transmitido pelo ar através de pessoas infectadas com o vírus. Apesar de benigna, a influenza pode acarretar em uma série de complicações, sendo a mais grave a pneumonia. O vírus influenza A (H1N1) é um subtipo do vírus influenza que surgiu a partir de mutações no DNA de uma linhagem já existente e comum em infecções suínas.
            O contágio da gripe A se dá da mesma forma que o da gripe comum, de pessoa pra pessoa através do contato direto ou indireto (através de objetos contaminados). Embora tenha sido chamada de gripe suína devido à sua origem, a ingestão da carne de porco cozida não é uma forma de contágio uma vez que o cozimento da mesma destrói o vírus.
            Os sintomas, diferentemente do contágio, não são iguais para as duas gripes. Apesar disso, ambas podem ser confundidas uma vez que a gripe A, quando branda, apresenta sintomas semelhantes aos encontrados na gripe comum.
                                          Fonte: http://www.saude.df.gov.br/301/30101003.asp


A prevenção pode ser feita através da higienização das mãos após tossir ou espirrar, o uso de lenços cobrindo a boca no momento do espirro, evitar aglomerações e ambientes fechados e evitar que o infectado saia de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença, por exemplo.
O tratamento medicamentoso da nova gripe é feita utilizando-se o fármaco oseltamivir, porém este tipo de tratamento só é indicado caso haja agravamento no quadro do paciente até 48 horas depois do início dos sintomas. Os casos mais leves podem ser tratados como a gripe comum e recomenda-se hidratação, alimentação adequada e repouso.

Referências:
http://www.saude.df.gov.br/301/30101002.asp?ttCD_CHAVE=15091
http://www.h1n1online.com/ 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31267